Como a Itália se destaca entre os países com vagas para estrangeiros
Sonho de muitos jovens brasileiros, Medicina é um dos cursos mais concorridos do país. Com a disputa acirrada, alguns estudantes optam por tentar uma vaga na faculdade além das fronteiras nacionais – e a Itália pode ser uma opção para eles.
Neste ano, a Universidade de São Paulo (USP) recebeu mais de 10 mil inscritos, que disputaram apenas 58 vagas, segundo relatório da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest). Isso faz com que as notas mínimas necessárias para a aprovação sejam elevadíssimas: para ser um calouro do campus da capital paulista, é preciso obter uma pontuação maior que 80, ainda na primeira fase do vestibular.
Fora de São Paulo a concorrência também é acirrada: o número de inscritos em outras universidades públicas é igualmente alto. Em 2021, dentre as 20 faculdades mais concorridas no Sistema de Seleção Unificado (SiSU), 18 eram cursos de Medicina. As vagas eram destinadas a instituições como Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Mesmo quem tem dinheiro não passa por uma situação confortável. É preciso investir muito para conseguir realizar esse sonho. As mensalidades nas universidades brasileiras podem variar entre R$ 5 mil e R$ 13 mil, a depender da instituição e do campus escolhido. Na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, tradicional na área, o curso sai por nada menos que R$ 7,5 mil, por mês.
E agora, como conquistar a tão sonhada vaga?
Faculdade de Medicina nos EUA
Nos Estados Unidos, Medicina é considerada uma pós-graduação. Ou seja, para se tornar médico no país, é preciso cursar quatro anos de um bacharelado em uma área relacionada. Só então virão mais quatro anos do curso de medicina.
Esses cursos introdutórios são chamados de Pré-Meds. Não existe um curso específico, o que acontece é que o estudante vai precisar montar sua própria grade curricular ao entrar em uma universidade e depois comprovar que fez as matérias obrigatórias do Pre-Med durante a graduação.
Faculdade de Medicina na Argentina
A primeira opção dos “pré-meds” no exterior costuma ser a Argentina, seja pela proximidade com o Brasil, seja pela facilidade de entrada na universidade. Não à toa, 1 a cada 7 estudantes universitários por lá são estrangeiros – brasileiros e peruanos são maioria disparada, segundo o ranking do Ministério da Educação da Argentina.
Mas essa não é a opção mais vantajosa para quem está disposto a deixar o Brasil. Isso porque estudantes vindos de universidades argentinas costumam enfrentar problemas para serem aprovados no Revalida, exame que faz a revalidação do diploma médico no Brasil.
Faculdade de Medicina na Inglaterra
Na Inglaterra, a porta de entrada é bem específica. O estudante precisa ser aprovado no BMAT, um exame aplicado somente para quem tem interesse em graduações de Medicina, Ciências Biomédicas e Odontologia.
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As universidades da Inglaterra estão entre as melhores do mundo. Além disso, o país conta com um sistema público de saúde semelhante ao brasileiro, o que pode ser um atrativo aos estudantes. As anuidades, porém, não estão entre as mais baratas: para estudar Medicina na Inglaterra é preciso estar disposto a desembolsar uma boa grana.
Faculdade de Medicina na Itália
Pouco conhecido entre os brasileiros, o programa de Medicina da Itália é extremamente atrativo para estrangeiros. Para começar, as universidades que oferecem o curso de Medicina e Cirurgia em Inglês reservam vagas para estudantes internacionais.
Além disso, o IMAT é uma prova mais simples que o BMAT, pois vale para diversos cursos. Após o final da faculdade, o aluno já sai com um diploma de Mestrado Integrado, válido em toda a União Europeia. Isso quer dizer que não é preciso revalidar o diploma para atuar na Alemanha ou na França, por exemplo.
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Mas o mais atrativo talvez sejam os valores. Enquanto no Brasil, na Inglaterra ou nos Estados Unidos é preciso desembolsar altos valores para bancar os estudos, na Itália as anuidades ficam entre 156 e 5 mil euros anuais – varia de acordo com a universidade escolhida.
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