[:pb]Hello, again. Ainda que a pandemia do COVID-19 esteja sendo o principal assunto nas mídias mundiais, todos os dias novas informações ou pontos de vista são apresentados para que a conscientização possa, de alguma forma, funcionar como uma arma poderosa contra a propagação do vírus. Temos falado bastante sobre esse assunto, mas achamos que ainda poderíamos contribuir com mais alguns dados, dessa vez voltados diretamente para as equipes de saúde que estão no front, lidando com pacientes e ambientes infectados no dia a dia.

Essas informações foram consolidadas a partir de materiais que temos acesso e de fontes que consideramos confiáveis, como o site da OMS (who.int). Sei que a realidade das unidades de saúde aqui nos Estados e aí no Brasil são diferentes, mas, de um modo geral, existe um protocolo a ser seguido para nos mantermos minimamente seguros e continuarmos trabalhando para salvar vidas.

1 – Sabemos que esse vírus é transmitido por aerossol, mas principalmente através de gotículas geradas quando uma pessoa infectada tosse, espirra ou fala. Essas gotículas caem rapidamente em pisos ou superficies. Existe um procedimento especial para descarte de resíduos produzidos por pacientes com suspeita ou confirmação de SARS-COV2?

Os resíduos produzidos durante o atendimento médico ou domiciliar de pacientes com suspeita ou confirmação de infecção por SARS-COV2 devem ser descartados como resíduos infecciosos.

2 -Além das condutas de segurança durante diagnóstico e cuidados de pacientes, como as pessoas que lidam com roupas de cama, toalhas e roupas sujas de pacientes com COVID-19 devem proceder?

a)Usar equipamento de proteção individual adequado, que inclua luvas resistentes, máscara, proteção para os olhos (máscara / óculos de proteção), avental (se o uniforme não for resistente a líquidos), botas ou sapatos fechados antes de tocar em roupas sujas;

b) Nunca carregar roupa suja contra o corpo: você deve colocar a roupa suja em um recipiente à prova de vazamentos, claramente identificado (por exemplo, saco, balde);

c)Se houver excremento sólido na roupa, como fezes ou vômitos, raspe-a cuidadosamente com um objeto plano e firme e coloque-o no vaso sanitário antes de colocar a roupa no recipiente designado. Se a latrina não estiver na mesma sala que o paciente, coloque excremento sujo em um balde coberto para descartá-lo com segurança. Sempre dê descarga com a tampa fechada para evitar a aerolização de conteúdos fecais que podem conter o vírus;

d)Lavar e desinfetar a roupa: idealmente deve ser usada uma máquina de lavar com água morna (60-90 ° C) e sabão. Se a lavagem na máquina não for possível, a roupa pode ser embebida em água quente e sabão em um tambor grande, usando um palito para mexer, evitando respingos. Se a água quente não estiver disponível, mergulhe a roupa em cloro a 0,05% por aproximadamente 30 minutos. Por fim, enxágue com água limpa e deixe a roupa secar completamente à luz do sol.

4 – Soluções de cloro também podem ser usadas na limpeza de superfícies?

As soluções de cloro são fortemente desencorajadas, pois apresentam maior risco de irritação nas mãos e efeitos nocivos à saúde, incluindo irritação nos olhos e problemas respiratórios. Além disso, existe o risco de perda do efeito antimicrobiano se exposto à luz solar ou ao calor. A preparação de soluções de cloro requer treinamento para atingir a dose correta de 0,05% com diferentes níveis de alvejante disponíveis no setor privado. Mesmo se armazenadas em local fresco e seco, com a tampa afastada da luz solar, elas precisam ser renovadas diariamente. Em comparação, a solução simples de água com sabão não apresenta nenhum dos riscos e complicações para a saúde acima mencionados, incluindo perda de efeito antiviral devido ao calor ou à luz solar. O efeito antiviral da água com sabão se dá porque a membrana superficial oleosa do vírus SARS-COV2 é dissolvida pelo sabão, matando o vírus.

5 – Que equipamentos de proteção individual (EPI) devem ser usados pelos profissionais de saúde que realizam swabs nasofaríngeas ou orofaríngeas em pacientes com suspeita ou confirmação de COVID-19?

Os profissionais de saúde que coletam amostras em swabs nasofaríngeas ou orofaríngeas de pacientes suspeitos ou confirmados com COVID-19 devem ser bem treinados no procedimento e devem usar um avental limpo, não estéril, de manga comprida, uma máscara médica, proteção para os olhos (óculos ou protetor facial) e luvas. O procedimento deve ser realizado em uma sala separada /de isolamento e, durante a coleta de amostras, os profissionais de saúde devem solicitar aos pacientes que cubram a boca com uma máscara ou tecido médico. Embora a coleta de swabs tenha o potencial de induzir ataques de tosse do paciente submetido ao procedimento, atualmente não há evidências disponíveis de que a tosse gerada pela coleta de amostras leve a um risco aumentado de transmissão de COVID-19 via aerossóis.

6 – As máscaras médicas descartáveis podem ser esterilizadas e reutilizadas?

Não. As máscaras médicas descartáveis destinam-se apenas a uma única utilização. Após o uso, eles devem ser removidas usando técnicas apropriadas (ou seja, não toque na frente, remova puxando as correias elásticas da orelha ou laços por trás) e descartadas imediatamente em uma lixeira para produtos infecciosos, com tampa. Em seguida, deve ser feita a higiene das mãos.

Vamos juntos! Se cuidem, isso tudo vai passar!

Abraços virtuais,
Juliana Soares Linn


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