Prova unificada torna mais prático concorrer a uma vaga no país

Você já pensou em fazer sua residência médica no exterior? Portugal pode ser uma ótima opção para quem se formou no Brasil, mas deseja seguir para fora do país.

Além dos fortes laços culturais, Portugal também oferece qualidade de vida, segurança e baixo custo geral. Uma vez formado no país, é possível atuar em qualquer nação da União Europeia. Mas o melhor de tudo é que o processo de seleção para o acesso ao internato médico (como é chamada a residência por lá) é unificado.

Tem ainda o fato de que sobram vagas para serem preenchidas: das 1.385 disponíveis no Serviço Nacional de Saúde (SNS) em 2020, apenas 908 foram finalizadas. São quase 500 vagas livres.

O primeiro passo é revalidar seu diploma de Medicina e efetuar a inscrição na Ordem dos Médicos. Em seguida, é necessário obter o visto de residência com autorização para exercer a profissão em Portugal.

Depois, é hora de realizar o processo de seleção para o internato médico. Ele acontece por meio da Prova Nacional de Acesso (PNA), um concurso público realizado uma vez por ano, em meados de novembro.

Para se candidatar, é preciso realizar inscrição na página do Internato Médico na Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) – veja aqui.

O internato médico é realizado em duas etapas. O primeiro ano é de Formação Geral, com 3 meses de cirurgia geral, 3 meses de cuidados primários, 4 meses de medicina interna e 2 meses de pediatria. Ele é obrigatório para todas as especialidades médicas. Por isso, em Portugal a residência é sempre com acesso direto.


A partir do segundo ano, começa a Formação Específica. Portugal oferece 48 áreas de especializações distintas, que podem ser consultadas no site da Ordem dos Médicos. Considerando que todas as especialidades têm acesso direto, é possível entrar direto para Cirurgia Plástica, por exemplo.

Como escolher?

Depois da PNA, o candidato deve escolher uma seleção de 22 hospitais para o ano da Formação Geral, em ordem de preferência. A plataforma da ACSS abre as inscrições entre final de novembro e início de dezembro, para a escolha.

É importante ressaltar que a seleção considera a nota na revalidação do diploma. O primeiro ano da formação pode ser realizado em um local diferente do hospital onde será feita a Formação Específica.

Horário de trabalho e salário

Em Portugal, a carga horária de trabalho para um médico é de 40h semanais, geralmente.

O primeiro ano do programa é o de Formação Geral, como já citado anteriormente. As Formações Específicas tem duração que varia entre 4 e 6 anos. A maior parte delas tem duração de 5 anos, mas especialidades cirúrgicas podem se estender até 6 anos.

Dessa forma, o tempo total pode levar entre 5 e 7 anos.

Em relação ao salário, o interno iniciante ganha 1,5 mil euros por mês, mais 9 euros por hora extra trabalhada. A partir do quarto ano, o ganho aumenta para 1,9 mil euros mensais, mais 11 euros por hora extra trabalhada.

O salário dos médicos formados pode ser consultado diretamente no site do Sindicato Independente dos Médicos.

Após o fim do programa, é necessário prestar um exame final, que irá avaliar toda a experiência vivida nos anos de internato. Sem a aprovação, não é possível concluir o programa.


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